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Marcelo Crivella, ‘vértice’ de organização criminosa, segundo a Justiça, é preso a 9 dias de terminar o mandato
Em uma ação conjunta com o Ministério Público do Rio, a Polícia Civil fluminense prendeu preventivamente na manhã desta terça, 22, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), de 63 anos, a 9 dias de terminar o mandato. Ex-senador, ex-ministro da Pesca no governo Dilma Rousseff e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Crivella também foi denunciado por lavagem de dinheiro, corrupção e participação em organização criminosa – ele é acusado de liderar um esquema de corrupção na prefeitura do Rio, conhecido como “QG da Propina”. O prefeito, que se diz “vítima de uma perseguição política”, foi detido por policiais em casa, a nove dias do encerramento do mandato.
Na mesma operação, foram presos o empresário Rafael Alves, o delegado aposentado Fernando Moraes, ex-vereador e que foi chefe da Divisão Antissequestro e Mauro Macedo, ex-tesoureiro de Crivella. O ex-senador Eduardo Lopes também é alvo da ação, mas não foi encontrado. Ele estaria fora da cidade e já é considerado foragido.
Na denúncia apresentada contra Marcelo Crivella, o Ministério Público aponta que o prefeito é o “vértice” da organização criminosa que ficou conhecida como “QG da propina”.
Segundo os promotores, Crivella “orquestrava sob sua liderança pessoal” o esquema que tinha como objetivo “aliciar empresários para participação nos mais variados esquemas de corrupção, sempre com olhos voltados para a arrecadação de vantagens indevidas mediante promessas de contrapartidas”.
A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita suspendeu hoje (22) o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, do exercício da função. O mandato de Crivella terminaria no próximo dia 31.
A decisão está no despacho em que a magistrada acatou denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e decretou prisão preventiva de sete denunciados em um desdobramento da Operação Hades, que apura corrupção na prefeitura e tem como base a delação do doleiro Sergio Mizrahy. Também foram presos os empresários Rafael Alves, Christiano Stockler Campos e Adenor Gonçalves, o ex-tesoureiro da primeira campanha de Crivella, Mauro Macedo e o delegado aposentado Fernando Moraes. O ex-senador Eduardo Lopes,não foi encontrado no endereço no Rio, mas pode ser preso ainda nesta terça-feira.
Segundo a desembargadora, o afastamento do prefeito foi determinado com base no Artigo 319, Inciso VI do Código de Processo Penal.
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