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A política que nos prometeu proteção, mas não nos salvou.

3 de julho de 2025/0 Comentários/em acompanhe /por Maria Carolina

Por Stephanie Jácomo, Presidente Estadual do Podemos Mulher Mato Grosso

Mesmo representando mais da metade da população brasileira, nós, mulheres, seguimos enfrentando diariamente o medo, a opressão e a violência. A cada hora, uma mulher é agredida fisicamente no Brasil. A cada dia, novas estatísticas reforçam uma triste realidade: ainda somos silenciadas, feridas e, muitas vezes, mortas — mesmo amparadas por uma das legislações mais completas do mundo, a Lei Maria da Penha.

Conforme o Mapa da Segurança Pública 2025, divulgado pelo Ministério da Justiça, o Brasil registrou 1.459 feminicídios em 2024, um número praticamente igual ao de 2023, que teve 1.449 casos. O dado escancara que, embora o país tenha conseguido reduzir homicídios dolosos em geral (queda de 6,3%), a violência letal contra a mulher continua estável, mostrando que as políticas públicas específicas para nós ainda não são eficazes.

E por que a Lei Maria da Penha, criada em 2006 e considerada uma das melhores do mundo no combate à violência doméstica, ainda não funciona como deveria?

A resposta é dura, mas necessária: não basta ter lei no papel se ela não é efetivada na prática. Falta estrutura, falta capacitação dos agentes públicos, falta rede de apoio bem articulada, principalmente nas regiões mais afastadas e vulneráveis. Em muitas cidades do interior, sequer existe uma Delegacia da Mulher funcionando 24 horas. As Casas Abrigo são poucas. As medidas protetivas, muitas vezes, não são cumpridas. E a impunidade ainda impera.

Outro dado alarmante é o número de estupros registrados em 2024: mais de 83 mil casos, segundo o mesmo relatório. Isso representa cerca de 228 mulheres violentadas sexualmente por dia — e sabemos que a subnotificação é enorme. Quantas ainda têm medo de denunciar? Quantas são desacreditadas pelas autoridades ou pelo próprio sistema de justiça?

Enquanto isso, o discurso institucional insiste em dizer que estamos avançando. Mas a pergunta que eu deixo é: avançando para quem? Porque para muitas mulheres, especialmente negras, periféricas, indígenas ou com deficiência, a realidade é a da exclusão completa do aparato de proteção.

Como mulher, mãe, cidadã e defensora dos direitos humanos, acredito que a transformação precisa começar com compromisso político real com a vida das mulheres. Precisamos de políticas públicas integradas e com orçamento garantido. Precisamos que a rede de enfrentamento funcione como uma engrenagem, e não como ilhas desconectadas. Precisamos de campanhas educativas permanentes, não apenas no Agosto Lilás. Precisamos, acima de tudo, que o Estado esteja ao lado das vítimas e não dos agressores.

A violência contra a mulher não é um problema privado. É um problema público, político e estrutural. E só vai mudar quando deixarmos de tratar a vida das mulheres como estatística e passarmos a tratá-la como prioridade.

O combate à violência de gênero exige mais que leis: exige vontade, ação e coragem. E coragem é o que não falta a nós, mulheres. O que falta, infelizmente, é que o Estado nos acompanhe com a mesma força.

 

Fontes:

Ministério da Justiça e Segurança Pública – Mapa da Segurança Pública 2025.

Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Lei nº 11.340/2006 – Lei Maria da Penha.

Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher.

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https://mulher.podemos.org.br/wp-content/uploads/2025/07/Stephanie-Jacomo.webp 1080 1920 Maria Carolina https://mulher.podemos.org.br/wp-content/uploads/2020/07/podemoslogoMULHER.png Maria Carolina2025-07-03 11:36:362025-07-03 11:37:48A política que nos prometeu proteção, mas não nos salvou.
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