Escritora fala sobre autoestima feminina no Universa Talks
“A autoestima foi meu trampolim para me reconstruir e me refazer”, ensina a escritora Joice Berth na fala de abertura da terceira edição de Universa Talks, promovido por Universa, nesta quarta-feira, 04, e que contou ainda com a participação de nomes como a influenciadora Alexandra Gurgel, (fundadora do @movimentocorpolivre), a cantora Teresa Cristina, a atriz Carolina Ferraz , a modelo Letticia Munniz e a surfista Suelen Naraísa.

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Entre os temas debatidos pelas convidadas estão gordofobia, envelhecimento, cicatrizes e as marcas na pele após experiências como a gravidez.
Na abertura do evento, Joyce falou que vem desenvolvendo o tema autoestima a vida inteira, não só por ser mulher negra e que foi mãe cedo. Ela diz que precisa fazer uma série de movimentações na vida para não se abalar nem se colocar numa “caixinha” onde seria apenas mãe sem poder fazer nada além disso. E explica:
“Espaços são regulados e querem nos encaixar em modelos atrasados. A autoestima foi meu trampolim para a sobrevivência, para me reconstruir e me refazer”
Por isso, avalia ela, a importância do debate promovido por Universa. Ela lembra que se confunde muito a autoestima com a vaidade, com o simples ato de se olhar no espelho e gostar da imagem que está sendo refletida, mas que na verdade a autoestima está relacionada à maneira com que nos relacionamos conosco.
“O jeito que eu me trato é o jeito que vou tratar outras pessoas também”, conclui. “A beleza e a relação com a imagem também são importantes, mas dentro desse processo tem o pilar psicológico da construção, do empoderamento. Essa coisa do corpo gordo, do corpo negro, muito alto, baixo, essas imposições estéticas acabaram se tornando meios de nos oprimir”, pontua.
Joyce também atentou para a importância de se entender que gênero é uma construção social, e que não é porque somos mulheres que não podemos pilotar um avião ou temos necessariamente que viver nos moldes familiares:
“Essas considerações também fazem parte do nosso processo de construção da autoestima”, ensina. “Só com esse desafio de construção da autoestima que a gente consegue de fato se abrir para o mundo”, ela finaliza.
Com informações do UOL-Universa
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